Restaurações Veículos Militares "Inimigos"
Fiat Topolino/Scout car Projeto"Helga" Bantam BRC-40 Dodge WC-51 Ford GPW
marcas e pinturas VeículosMilitaresInimigos fórmula para tinta regras Luz Notek
SUGESTÕES PARA RESTAURO E CARACTERIZAÇÃO DE VEÍCULOS MILITARES "INIMIGOS"
Como todos sabemos, é mais fácil encontrar Papai Noel do que um veículo militar do "Eixo" da Segunda Guerra rodando por aqui. Pensando nisso, resolvemos sugerir algumas idéias de veículos "civis" que foram usados pelas forças do Eixo durante o conflito, que podem ser facilmente caracterizados, uma vez encontrados entre veículos antigos a venda aqui no Brasil.
Alguns veículos do final dos anos 30 foram muito usados pelos alemães e italianos, como o Fiat Topolino e a Mercedes 170, além de vários modelos de carros da Opel e mesmo o conhecido Citroen. Até mesmo o Fusca teve versões militares, inclusive uma versão 4x4, o Type 87 ( registros oficiais indicam que apenas 4 foram entregues ao Afrika Korps no início das operações no Norte da África ), além de muitos terem sido usado como carro de ligação. Devido a falta de matéria prima e dificuldades na produção de veículos, durante a guerra, qualquer carro poderia ser confiscado pelas forças do Eixo, para uso em operações diversas, como carro de ofical, de ligação, retirada de feridos, etc. Não é difícil fazer uma pesquisa para descobrir versões "militarizadas" de veículos civis usados na guerra, em especial, nos sites de plastimodelísmo e miniaturas. Até 1943, todos os veículos militares alemães eram pintados de cinza, o conhecido "Panzer grey". De 43 em diante, já saiam de fábrica pintados em amarelo areia, conhecido como "Dark Yellow". Isso era válido para veículos civis confiscados para uso militar, que eram pintados e recebiam alguns acessóriso, como as luzes militares "Notek".
Teoricamente, qualquer veículo fabricado em terras européias no final dos anos 30 até 1943, poderia ser requisitado e usado pelas forças do Eixo (Itália e Alemanha). Aí se enquandram os Opel, Ford, Chevrolet, Tatra, Renault, Citroen ou qualquer marca ou modelo possível. Quando havia tempo e disponibilidade, eles eram pintados com as cores militares e recebiam uma placa e marcas divisionárias (capítulo bastante amplo). Saibam que o sistema de marcação usado pelos alemães era muito eficiente e fácil de entender. No mais, estes veículos mantinham suas características internas. Desnecessário dizer que não haviam partes cromadas...
Quem quizer pintar algum dos veículos sugeridos aqui em versões "militarizadas" alemãs, basta fazer o velho processo de copiar a cor "Panzer Grey", "Dark Yellow", "Dark Brown"(camuflagem) e "Field Green"(camuflagem), usando tintas de plastimodelísmo da marca Testors ou Tamiya como modelo para a tinta automotiva. Lembrete: até 1943 - veículos alemães eram "Panzer Grey". De 43 em diante: saiam de fábrica em "Dark Yellow " e recebiam camuflagem em dois tons - Dark Brown e Field Green - executadas pelas tropas.
VEÍCULOS CIVIS MAIS COMUNS USADOS PELO EIXO NA S.G.M.
MERCEDES 170 - a versão anos 30 era 6cil gasolina. A versão pós guerra era externamente igual, mas havia uma versão diesel (anos 50).

Mercedes 170 "militarizada" em Panzer Grey. Notar a luz Notek no para-lama esquerdo. As barras brancas pintadas servem para ajudar a ver o perfil do veículo a curta distância (sob neblina ou no escuro, p. ex. Válido para qualquer veículo).

Miniatura de Mercedes 170 do Afrika Korps
VOLKSWAGEN TYPE 11 - O Fusca em versão militar. Notem que
este recebeu numeração dos aliados depois de capturado.


O Type 87 era 2x4 e o 97 era 4x4 (poucos foram fabricados), usando o mesmo chassis e trem de suspensão do Schwimwagen. Os Fuscas de vidro traseiro bi-partido dos anos 50 podem render uma boa versão do Type 87, mesmo com algumas diferenças na estamparia da carroceria e detalhes menores (lanternas, parachoques, etc).
Uma foto do raro Type 97 4x4, dos poucos entregues ao Afrika Korps. Notar os pneus para areia e o teto solar, que permitia o uso de uma metralhadora MG-34 ou 42. Este Fusca está pintado em "Panzer Grey", mas havia versões camufladas ou apenas em "Dark Yellow".
Vista lateral de um Type 51 "staff car", que tinha a suspensão bastante levantada
Estas fotos são de um arquivo da Vauxhall inglesa, que fez um "raio x" do Volkswagen assim que a guerra havia acabado. Havia uma verdadeira diversidade de modelos do fusca, como o Type 60, que tinha o chassis do kübelwagen, o Type 82 e 82E, todos estes, sub modelos do Type 11 e Type 51, que eram as versões civis do "carro do povo", tão propagandeado pelos nazistas...
O motor era de 1090 cc. O interior muito tosco.
Detalhes do interior. A maioria não tinha banco traseiro.

VW Type 87 em "Panzer Grey", no museu da VW em Wolfsburg, Alemanha
FIAT TOPOLINO
Aqui mostramos uma rara foto do acervo do Ricardo D´Avila, enviada pelo Roberto Amboni, de um Fiat Topolino, capturado pela FEB, onde se vê uma marca tática alemã sob o farol dianteiro (possivelmente, transporte de oficial ou veículo de ligação).
Fiat Topolino capturado pela FEB...
É provável que a cor deste Topolino seja o "Dark Yellow" alemão, parecido com areia. O dark Yellow era obrigatório de 1943 em diante para todas as viaturas militares, que podiam ( ou não ) receber uma camuflagem em dois tons: marrom (Dark Brown) e verde (Field Green). A tinta solúvel em água, gasolina ou até urina(!) era enviada com o veículo na saída da fábrica e as próprias unidades se incumbiam de fazer a camuflagem, usando compressores ou mesmo pincéis para o servíço. A poeira fina de calcário do solo europeu deixava qualquer veículo nessa tonalidade clara, como se vê no jeep da mesma foto.
Um Topolino com cores militares e alguma marcação alemã ou italiana pode ser reproduzido com facilidade. Alguns Topolinos ainda podem ser encontrados aqui no Brasil (chegaram muitos nos anso 50), sendo que os fabricados imediatamente após a Segunda Guerra são muito semelhantes aos modelos usados durante o conflito. Em geral, estes veículos "requisitados" pelas forças de ocupação alemãs recebiam além da pintura militar, uma luz de black out conhecida como Notek, tanto na dianteira esquerda como na traseira.
A LUZ DE BLACK OUT E COMBOIO ALEMÃ "NOTEK"
Notek era o nome do fabricante patenteado destas lanternas. A dianteira, tinha um formato de "capacete", para jogar a luz apenas para baixo.
A traseira, tinha dupla função: possuia uma portinhola manual que, presa em cima, deixava à vista as luzes de comboio. Quando colocada para baixo, deixava livre as luzes de freio e da placa.
Detalhes da luz Notek traseira ( posição de comboio) e da luz Notek dianteira.
A lanterna dianteira era na cor do veículo. A traseira, em geral era preta.
   
Em breve, estaremos disponibilizando reproduções destas lanternas, caso apareçam alguns interessados em obtê-las.

Exemplo da luz Notek na traseira esquerda de um Kübelwagen, sobre a placa.
UM Ford GP 1941 chegou em nossas praias!
Agora já pode ser noticiado: um raro exemplar de Ford GP está entre nós! Este raríssimo exemplar da fase de pré-produção do jeep chegou ao Brasil, vindo dos EUA, depois de uma operação minuciosamente planejada, até chegar no Rio de Janeiro em abril passado. Seu proprietário é o presidente do CVMARJ, João Barone, que realiza o sonho coletivo de todos os entusiastas em jeeps no nosso pais: ver um legítimo Ford GP rodando por aqui! Por obra do destino, o jeep foi achado num anúncio da revista Suply Line, da MVPA, onde um certo John Ferry, estava fechando seu negócio de veículos militares e se mudando para o Brasil...
Descobrindo como são as exigências para importar um veículo antigo através da FBVA, contratou-se os serviços do importador Sérgio Valente. Desde já, caso alguém queira saber como fazer uma importação deste tipo, basta entrar em contato com a Federação Brasileira de Veículos Antigos ou então com o próprio Sérgio Valente, pelo e-mail : svalente@uai.com.br O jeep está em excelente estado, já tendo iniciado a restauração, que promete ser pouco trabalhosa, uma vez que o GP está bastante íntegro, como pode se avaliar pelas fotos.
Motor, câmbio e suspensão estão praticamente prontos, faltando apenas a ligação destes setores e uma lanternagem leve, além de detalhes menores de acabamento para que o GP fique em perfeito estado. Será um dos mais raros jeeps a rodar no país, juntamente com o Bantam BRC-40 do Rodolfo Lourenço (PR).
Ford GP (G=Government, P=Passenger)
Motor: 4cil, 45HP
Total de produção: 3700 unidades, sendo 50 com rodas traseiras estersantes (muito raros).
Pequenas mudanças no acabamento ao longo do período de produção: parachoque dianteiro grande no iníco, menor depois. Um suporte de borracha no centro do capô no início, dois no final, além de detalhes menores.
O SCOUT CAR DO CVMARJ!

Eis que surge mais um raro veículo nas fileiras do CVMARJ: um legítimo M3A1 Scout Car!
O Scout veio em troca da Dodge WC-51 do João Barone, depois de negociado com o Serjão, em Curitiba. Negociante de veículos antigos, operando na Serjão Viaturas, ele sempre tem algum veículo interessante em seu "acervo", esperando por algum apaixonado.

Em geral, caminhões e veículos mais pesados que deram baixa do exército, como Mercedes "Boomerang", Chevrolets, Fords e algumas Dodges WC e M-Series. (contato do Serjão: 41-555-2155)

O Scout Car foi cuidadosamente restaurado com seu motor de 87hp Hercules JXD 320 6cil original, estando super íntegro. Já foi providenciado o conjunto de relógios para restaurar o painel ao estado original. Ao que tudo indica, este veículo foi pouco rodado, visto seu excepcional estado de conservação.
ScoutFicha do Scout M3A1

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Cerca de 21 mil Scouts foram produzidos de 41 até 44. Foi o primeiro blindado a ser produzido em massa para o exército americano. Mesmo com uma performance pouco elogiosa, o Scout foi muito usado em todos os teatros de guerra, servindo para a evolução de outros modelos de blindados leves e altamente móveis, como o Half Track e o M-8. O rolo usado na dianteira do Scout foi criado para transpor valas e obstáulos. Mesmo assim, sua performance fora de estrada era muito limitada, devido ao seu peso de quase 5 toneladas, atolando as rodas traseiras facilmente.

Com blindagem leve e assoalho de alumínio, o Scout acabou sendo usado mais na retaguarda como veículo de apoio. Com uma metralhadora .50 e 2 .30 que rodavam em um trilho ao redor da carroceria, o Scout era uma plataforma com alto poder de fogo. Muitos operavam c/ rádio, podia levar até 8 integrantes, incluindo o motorista. Em breve o Scout do CVMARJ estará rodando pelas ruas do Rio em grande estilo...

Fiat Topolino/Scout car Projeto"Helga" Bantam BRC-40 Dodge WC-51 Ford GPW
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